sábado, 27 de agosto de 2011

Poema: O Corvo - Edgar Allan Poe

       Um corvo, um homem, a dor da perda e um "nunca mais". O poema de Edgar Allan Poe é bastante sombrio e consegue transmitir de uma forma  interessante o sentimento do eu-lírico. Este sentimento é descrito de forma bastante tensa e um tanto sem sentido, o que nos leva a perceber quão surreal parece ser a ideia da morte de alguém próximo.
       É um poema envolto em uma morte. O eu-lírico mostra-se confuso e triste, devido à morte de sua amada. Numa certa noite, um corvo aparece. Um corvo que sabia falar e que falava apenas "Nunca Mais". O eu-lírico passa então a travar uma conversa, expressar seus sentimentos e escutar o que o corvo tinha-lhe a dizer da forma que ele desejava. Aqui está um trecho:
"Abro a janela, e de repente,Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais". "
       Demorei certo tempo para entender o que ele queria passar, mas ainda assim, não sei realmente. Apesar disso, não é algo que eu não entenda simplesmente por não saber interpretar, mas sim porque é um poema que expressa algo que praticamente só aqueles que já sentiram a dor descrita entendem.
       É um poema mediano, na minha opinião. A linguagem é antiga, porém, não por isso é difícil. Recomendo a tradução feita por Machado de Assis, a qual me parece ser mais facilmente compreensível. A descrição das coisas é interessante, Poe consegue nos levar ao sentimento da falta, que é o que marca o texto. Ainda assim, Poe ainda não me conquistou com suas palavras.
Minha nota de 0 a 10: 05.

Autora: Stephanie Santana
O trecho mostrado neste texto é do poema de Edgar A. Poe, na tradução feita por Machado de Assis.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Máscaras

       O tempo passa. Revoluções, vitórias, lutas, perdas e ganhos ocorrem.
       A sociedade muda. Porém, por se ver mudada, as pessoas se amcodam. As antolhas são recolocadas.
       Sutilmente, tudo volta a ser igual de forma diferente.
       No final, convenhamos, seja no Brasil ou na Europa, NADA muda, só adquire novas máscaras.

domingo, 19 de junho de 2011

Nada Mais


Nada pode modificar um momento.
Nada é impossível. Além do mais, existe realmente o impossível?

Sonhos refletem nosso ser.
Despertam esperança e nos ajudam a lutar.
Já pensou se a vida fosse "perfeita", se não houvesse as dificuldades, os erros?
Chato seria.

O que é a vida sem desafios?
Sem o erro que nos ajuda a enxergar o novo, a tentar de novo, a seguir o que queremos de forma diferente. Sem o erro que nos faz aprender?
Sem o erro dos outros que nos ensina o perdão e o valor real de quem errou?
Sem o erro próprio, que ensina a viver, a superar, a vencer, a conhecer a si próprio?
 
O que seria do mundo com a total  "perfeição"?
Seria totalmente  "imperfeito".
Sabe o porquê? 
Porque o  "perfeito" está em cada detalhe.
Em cada ser. Em cada defeito.
Está no que nos torna únicos num mundo cheio de quem tenta ser igual.
 
A vida é muito mais do que pode parecer.
Acredito que a vida nada mais é do que um conjunto de momentos (bons ou ruins).
Alegrias e tristezas.
Tentativas equivocadas e tentativas bem sucedidas.
Perdas e Vitórias.
Virtudes e Pecados.

A vida é a água e o fogo.
É a chama que ilumina um ser num mar de desafios.

Em algum lugar eu vi a frase (de não sei quem), que dizia: "Quem quase morreu, agora vive. Quem quase vive já morreu".

Viva.
Mas viva bem.
Faça de cada bom momento o combustível para a sua vida.
Ame, sorria, abrace, beije.
Viva com simplicidade.
Seja feliz.
Apenas isso. Nada mais.

Por: Stephanie Santana

domingo, 29 de maio de 2011

Há tempos deixei de me importar com o que me impede. Passo pelas barreiras, uma a uma, mesmo com o medo. Às vezes me machuco ou me arrebento. Mas sigo, aprendendo pouco a pouco a cicatrizá-los. E o que não deixar seguir? Eu deixo para trás.

 Por: Stephanie Santana

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"Sonhadores não podem ser domados"
 Paulo Coelho (referindo-se à Líbia)


 Veja aqui: http://twitter.com/paulocoelho/status/40907633670107136

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Livro: Desventuras Em Série - Mau Começo


       "Caro Leitor,
Sinto muito dizer que o livro que você tem nas mãos é bastante desagradável. Conta a infeliz história de três crianças muito sem sorte. Apesar de encantadores e inteligentes, os irmãos Baudelaire levam uma vida esmagada por aflições e infortúnios. É meu triste dever pôr no papel essas histórias lamentáveis. Mas não há nada que o impeça de largar o livro imediatamente e sair para outra leitura sobre coisas alegres, se é isso que você prefere.
Respeitosamente,
Lemony Snicket"
       Após a morte de seus pais em um incêndio, três crianças passam de uma vida muito feliz para uma realidade totalmente infortúna. Sendo adotados pelo monstruoso e ambicioso Conde Olaf, passam a viver em uma casa horrenda e ainda tendo que realizar diversas tarefas nada agradáveis deixadas por seu "amável" tutor.

       Como se pode ver, a série de treze livros escrita por Lemony Snicket não começa nada feliz. A primeira obra da série, Mau Começo, já descreve o início de uma jornada de infortúnios vividos por três irmãos que se descobrem órfãos e desabrigados. Apesar de herdarem uma imensa fortuna, eles só podem mecher nela quando Violet Baudelaire, a mais velha, atingir a maior idade. Enquanto isso, eles têm que suportar viver em péssimas condições, incluindo dormir juntos em um quarto praticamente sem móveis, sem luz e com apenas uma cama.

       Violet Baudelaire é a mais velha. Apreciadora de mecânica, seus cabelos presos com uma fita para não cair sobre os olhos são o sinal de que ela está a raciocinar alguma invenção.
       Claus Baudelaire é o irmão do meio. Grande apreciador da literatura, já leu mais livros do que a grande maioria dos adultos.
       Sunny Baudelaire é a caçula. Um bebê adorável que adora mordiscar as coisas e que se expressa através de um vocabulário que parece só fazer sentido aos seus irmãos.
       E o último personagem principal e também o vilão da trama, o Conde Olaf é um homem abominável. Com intenções nada boas, ele maltrata e faz o possível para ter a fortuna das pobres crianças.

       Snicket, autor fictício e heterônimo de Adam Handler, narra uma terrível estória de uma forma incrível. Com sarcasmo, cinismo e humor sombrio, ele desenvolve um enredo fácil e envolvente. Através de comentários sobre si, a estória e até mesmo sua vida pessoal, ele transmite valores, busca de segurança em si e mostra a ricularidade dos atos humanos, por mais que de uma forma surreal ou não.

       É um pouco macabra para uma obra infanto-juvenil, havendo sempre o aviso para parar de ler, pois não terá um final feliz. Mesmo com um enredo e realidade, de certa forma, absurdos, é um livro agradável e criativo. Recomendo à qualquer um, exceto aos amantes de finais felizes.

Obs.: A citação no início da postagem é uma parcela da nota do autor extraída do início do livro.
Por: Stephanie Santana
Imagem: Google